Tucano-de-Bico-Preto em Sâo Sebastião
Tucano-de-bico-preto
O tucano-de-bico-preto é um piciforme da família Ramphastidae. Conhecido também como canjo (Mato Grosso), tucano-de-peito-amarelo e tucano-pacova. As espécies que já foram tratadas como subespécies também podem ser descritas com nomes populares distintos. A espécie ariel também é descrita como tucano-de-ariel, a citreolaemus como tucano-de-peito-amarelo, e a culminatus como tucano-pequeno-de-papo-branco.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) ramphastos, ramphestes = longa espada, grande espada; e do (latim) vitellina, vitellinus, vitellus = amarelo profundo, cor de laranja, gema de um ovo. ⇒ Ave de cor laranja com nariz grande como uma espada.
Características
Mede cerca de 46 centímetros de comprimento. Sua principal característica, o bico negro, é comprimido lateralmente na parte superior, característica visível conforme a iluminação, onde se percebe uma espécie de vinco. O bico pode ser todo negro, ou negro com uma linha amarelada na parte superior como em algumas ssp. amazônicas (norte de RR, sul do AM ao sul do rio Negro e AC ). Na base do bico há uma linha vertical que pode ser toda amarela ( ssp ariel e culminatus ) ou toda azul ( ssp vittelinus ) ou ainda com ambas as cores nas duas partes, como nos indivíduos do Acre ( na espécie tucano-de-papo-branco essa linha é amarela em cima e azul em baixo, o que ajuda a diferenciar uma espécie da outra ). Ao redor do olho há uma área nua que pode ser vermelha ( ssp ariel ) ou azul ( ssp vittelinus, citreolemus e culminatus ). O papo varia de totalmente branco ( ssp. encontrada no Acre ), indo ao amarelo até o laranja vivo ( ssp. ariel ). Conforme a região, ainda podemos encontrar variações dessas combinações. Há uma faixa vermelha na parte inferior que separa as penas do peito do resto da plumagem negra. As coberteiras inferiores são vermelhas, e as superiores podem ser vermelhas ou amarelas. Pés cinza azulados.
Subespécies
(pintoi é considerado atualmente como híbrido de R. culminatus com R. ariel. Este habita o Brasil central (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás até NO de São Paulo). Ligeiramente menores que os culminatus. Apresenta o papo branco ou ligeiramente amarelado. As penas supracaudais, base da maxila e da mandíbula amarelas e a base do cúlmen azulada. Difere-se de culminatus por apresentar a base da mandíbula amarela ao invés de azul.
Alimentação
Além de frutos alimenta-se também de artrópodes em geral (inclusive cupins, no cupinzeiro e em revoada), aranhas, ovos, filhotes de outras aves, anfíbios, morcegos e gambás. Devido aos hábitos predatórios em ninhos, costuma ser afugentado por tyrannídeos, da mesma forma que alguns gaviões. Bebe água armazenada no interior de bromélias.
Reprodução
Faz ninho em cavidades de árvores, a cerca de 10 metros do chão. Põe de 2 a 4 ovos e o período de incubação é de 18 dias. A fêmea incuba os ovos sozinha, sendo alimentada pelo macho durante o período.
Hábitos
Comum na copa de florestas úmidas, tanto em seu interior quanto nas bordas, e em capoeiras altas. Vive em bandos de tamanhos variáveis, porém nunca muito grandes. Como os demais tucanos, vários indivíduos dormem juntos.
Distribuição Geográfica
Presente em duas áreas distintas, uma que abrange toda a Amazônia e o Centro Oeste até o Maranhão, e outra que abrange a região de Mata Atlântica, desde Pernambuco até Santa Catarina. No Nordeste só não é encontrado nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Encontrado também nas Guianas, Venezuela e Bolívia.